Autismo de Billy Mayfair: falando sobre seu diagnóstico

Depois de ser diagnosticado com transtorno do espectro do autismo há dois anos e meio, o jogador de golfe profissional Billy Mayfair começou a falar publicamente sobre viver com autismo.

Mayfair diz que o que ele mais luta é a velocidade de processamento, o que explica sua reputação de jogador lento e sua dificuldade de se comunicar com os dirigentes de torneios de golfe. “Meu cérebro funciona tão rápido que o que estou pensando e o que sai da minha boca podem ser duas coisas diferentes, e é por isso que as pessoas às vezes não entendem de onde venho”, afirmou.

O valor de um diagnóstico

Depois de receber seu diagnóstico, Mayfair sentiu alívio. Ele agora tem uma compreensão melhor de por que está lutando com coisas que outras pessoas parecem achar simples e foi capaz de buscar as ferramentas de que precisa para lidar melhor com o estresse e tornar mais fácil se relacionar com os outros.

Mayfair diz que seu autismo está na raiz da polêmica de 2019 que o desqualificou do PGA Tour, e acredita que se ele soubesse de seu diagnóstico de autismo “Eu não teria deixado o Tour - e não apenas o Tour, mas TV - tire vantagem de mim. Eles me intimidaram e se aproveitaram da situação. Eu teria discutido com eles. Eu teria me defendido. Eu teria dito: 'Não, fiz tudo corretamente.' ”

Conscientização sobre saúde mental no golfe

Saúde mental não é algo que se fale com muita frequência no mundo do golfe profissional, e a franqueza de Billy Mayfair sobre seu autismo está ajudando a criar um ambiente onde as pessoas no esporte podem falar sobre suas lutas com a saúde mental sem o medo do estigma. Mayfair e sua esposa estão trabalhando com instituições de caridade que apóiam pessoas com autismo e ele espera que, como jogador de golfe profissional com autismo, possa ser um exemplo positivo para outras pessoas que lidam com seus próprios problemas de saúde mental.

Mayfair resumiu muito bem: “Tenho uma ótima esposa. Sou casado e feliz. Eu tenho um filho maravilhoso. Eu vivi, e estou vivendo, a vida dos sonhos. E só porque eu tenho essa deficiência não significa que eu não possa ter isso. ”